sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Borderline e toxicodependente part 5

Eu já tinha referido isto em um outro post ''recaídas e consequências'' da etiqueta memórias, mas como faz parte da continuação da minha história, vou referir aqui.
Depois da buprenorfina comecei a dar conta que ela potencializava os efeitos do valium ainda melhor que o álcool ou seja, a minha mãe comprava pela conta dela a minha buprenorfina e eu já não precisava de comprar o álcool, apenas comprava o valium por 2 euros sem receita (Quase sempre conseguia enganar o farmacêutico dizendo que tinha um transtorno de ansiedade generaliza).
A pior recaída que eu tive foi em Setembro de 2012, foi uma recaída meio que suicida ( eu tinha alguma intenção de suicídio, mas ainda estava confuso entre o suicídio e os efeitos de amnésia) eu simplesmente queria esquecer a vida, queria esquecer o que aconteceu no dia anterior em que a minha ex-namorada recusou voltar para mim.
Nesse dia eu fui directo para o hospital de emergência (como relatei com melhores palavras no outro post) no dia seguinte acordei no hospital, perguntei pela minha mãe, ela veio ao meu quarto e me contou tudo o que se passou.
Cheguei a sentir-me omnipotente por não ter morrido mesmo depois de ter estado quase mas quase a morrer.
O meu humor mudou novamente, do estado de extrema agonia, aumentou o meu ânimo, ânimo que durou pouco tempo, a minha compulsão aumentou, consegui tolerar a monotonia de ''escola, casa, estudar'' durante 3 meses, mas voltei me a perder novamente.
Os meus professores ficaram tristes por eu não ter continuado com a escola, eu tinha muito boas notas, esforcei-me aqueles 3 meses inteiros para as conseguir mas perdi a confiança com o passar do tempo e voltei  ficar esgotado.
Houve alguns consumos de álcool passado esse tempo, mas o valium ficou suspenso durante algum tempo pois estava a tomar um medicamento que aliviava as minhas compulsões.


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